🛑 Quando a Verdade Incomoda

Ontem, este comunicador teve o dia animado por dois encontros inusitados. Pela manhã, um amigo bem informado trouxe uma intriga intrigante: parece que algumas pessoas do governo, após perseguirem pessoas ligadas a mim, agora resolveram-me transformar no próximo alvo. Ri de maneira descontraída – e confesso que até comemorei. É sempre um bom sinal quando um blog começa a incomodar os poderosos.

Mas, como dizem, nem tudo é riso. À noite, outro amigo me informou que alguns colaboradores conhecidos do governo andaram revirando o Diário Oficial e fazendo consultas jurídicas na esperança de encontrar algo comprometedor. Como não teve sucesso, a criatividade bateu à porta. A ideia agora seria construir uma narrativa sobre o período em que fui presidente da FAESP. Para facilitar, vou economiza o trabalho deles e conta os fatos  eu mesmo. Assim, quem sabe, sobra mais tempo para cuidarem do município.

Primeiro ponto: uma dívida de R$ 120 mil com um posto de gasolina da gestão anterior a minha. Sim, isso existe – e não é novidade! Já dei entrevista na rádio explicando por que não autorizei o pagamento. É que as cinco notas fiscais foram emitidas num intervalo de três a cinco minutos. Agora, digam-me, senhores, como é que se abastece um veículo cinco vezes seguidas num piscar de olhos? É um milagre que nem eu consigo realizar. Ah, detalhe: nenhuma das notas tinha assinatura de qualquer funcionário comprovando o abastecimento. Transparência, né? Algo que não parece ser do gosto de todos.

Segundo ponto: os famosos cheques sem fundo . Não eram três, mas dez. Isso mesmo, DEZ ! E todos foram posteriormente quitados pela instituição. O motivo? Quando assumi, a fundação foi afogada em processos judiciais e tinha bloqueios mensais nas contas bancárias. Por dois anos, a fundação exigiu restrições de recursos. Um telefonema para o banco teria poupado o trabalho de criar essa narrativa – mas parece que resolver as dúvidas de forma prática não é o forte de alguns.

Minha passagem pela FAESP só me traz orgulho. É sempre bom lembrar que implementamos o maior programa de apoio ao ensino superior que esta cidade já viu, tirando isenções de apadrinhados políticos e distribuindo os recursos com base em critérios de renda. Também deixei uma frota renovada: 11 ônibus em funcionamento, com pneus novos e até Wi-Fi. Inclusive, fiz questão de exibi-los em um desfile no centro da cidade antes de sair. Convido o governo atual a tentar algo parecido.

E para finalizar, já que estamos falando de transparência e resultados, uma perguntinha: Teve aula em dezembro, governo? Porque meio milhão da educação vai ser pautado em breve.