🔍 Risco de Novo Caos: Pregão da Merenda Escolar é Alvo de Denúncia

Depois do caos vivido na licitação das cestas básicas da Secretaria de Assistência Social — que deixou famílias sem atendimento por cinco meses — agora parece que o novo capítulo dessa novela se passa na Secretaria de Educação.

A Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana abriu um pregão eletrônico para a “Futura e Eventual Aquisição de Gêneros Alimentícios para Merenda Escolar”. Valor total da contratação: R$ 7.650.546,47. Isso mesmo, mais de sete milhões e meio de reais para garantir a merenda dos nossos alunos — se tudo correr bem, é claro.

Mas, segundo denúncia recebida por este blog, a licitação já está suspensa. E o motivo? Guerra de preços no atacado da fantasia.

Licitação ou Liquidificação?

Veja alguns dos preços oferecidos por uma empresa participante:

• Leite em pó 400g por R$ 6,90 (preço médio no edital: R$ 19,19)
• Fubá por R$ 1,85 (no edital: R$ 4,42)
• Biscoito caixa 2kg por R$ 10,00 (no edital: R$ 29,72)
• Arroz 5kg por R$ 12,55 (no edital: R$ 27,71)
• Açúcar 5kg por R$ 10,13 (no edital: R$ 20,93)
• Feijão por R$ 3,05 (no edital: R$ 7,44)

Com preços tão abaixo do estimado, parece milagre. Mas o que dizem os bastidores é o oposto:

“São sempre as mesmas empresas que jogam o preço lá embaixo, ganham a licitação, entregam o que querem, saem, e ainda voltam na próxima. E a Prefeitura não pune ninguém.”
— relato de um gerente de empresa participante.

A História Pode Se Repetir

O roteiro é conhecido: preço baixo irreal, empresas que não cumprem o contrato, suspensão da entrega e a população pagando a conta. Já vimos esse filme com as cestas básicas. Agora, o risco é ele ganhar uma nova temporada com a merenda escolar.

Aliás, o Projeto A Rede tem feito publicações constantes sobre crianças e famílias enfrentando dificuldade alimentar no município. Se essa licitação falhar, a situação só tende a piorar.

Hora de Fiscalizar e Punir

O recesso da Câmara de Vereadores está chegando ao fim. E a expectativa é que os parlamentares cumpram seu papel constitucional de fiscalização.

👀 Está nas mãos dos vereadores investigar o pregão, analisar os valores, convocar responsáveis e cobrar garantias de execução.

Porque, do jeito que está, o cenário é preocupante: o risco de atraso, de não entrega e de ver novamente nossas crianças sendo as mais prejudicadas é real — e inadmissível.

Fonte: Portal da Transparência/ Denúncias