Rodrigo Bacellar Cobra Segurança ao Governo em Sessão da Alerj
Na abertura da sessão desta terça-feira (23) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o presidente da Casa, Rodrigo Bacellar (União Brasil), fez duras críticas à falta de ação do governo estadual e da Prefeitura do Rio diante da escalada da violência. O parlamentar se manifestou logo após lamentar o arrastão ocorrido em Copacabana no último domingo, logo após as manifestações contra a PEC da Blindagem.
Bacellar abriu a ordem do dia, que tinha como pauta projetos ligados à Polícia Civil – como a reestruturação do quadro permanente da corporação e a regulamentação da Lei Orgânica da categoria – e aproveitou o momento para cobrar uma postura mais firme das autoridades. Visivelmente irritado, o presidente da Alerj disse que o governo de Cláudio Castro estaria mais preocupado com tecnologia do que com a segurança da população.
“Com todo respeito, se a preocupação é digital é melhor colocar meu pijama e sair daqui. A preocupação do governo é com a transformação digital, mas todo dia a porrada come na rua e tem um bando de vagabundo mirim fazendo o que faz”, declarou.
Segundo Bacellar, enquanto a Polícia Militar recebeu cerca de R$ 1,9 bilhão de janeiro até agora, o Proderj – órgão de tecnologia do estado – recebeu R$ 1,7 bilhão em repasses.
Críticas à Gestão da Segurança
O presidente da Alerj também voltou suas críticas ao secretário estadual de Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, a quem chamou de “Labubu do Governador”, numa alusão aos chaveiros de pelúcia que viraram moda.
“Está na hora de retirar a farda bonita para sair nas ruas acompanhar as operações”, disse Bacellar.
Ele cobrou mais presença das lideranças nas ruas e criticou a ausência de notas oficiais do governo sobre a violência recorrente.
“Não vejo uma nota do governo da segurança e não vi uma nota do governo até agora. A cena se repete sempre. Sabemos tudo o que acontece. Está na hora de olhar a coisa com responsabilidade.”
Déficit e Orçamento
Bacellar também chamou a atenção para o déficit previsto de R$ 19,6 bilhões no orçamento do estado para 2026. Ele garantiu que acompanhará de perto a execução da Lei Orçamentária Anual (LOA).
“As matérias econômicas já foram levadas para o colégio de líderes e estão para entrar na pauta. Pensem bem no que os senhores vão fazer. Não abro mão de acompanhar o orçamento de 2026. Vou olhar tudo do início ao fim. Não vou embora do meu mandato que acaba no fim do ano sem fazer o que deve ser feito.”
Eleições e Projetos
Sobre especulações de candidatura, Bacellar negou qualquer pretensão eleitoral.
“Quem está achando que estou pensando em candidatura vai cair para trás. Não estou preso a cargo e nem preso a vaidade de cargo.”
Ele agradeceu a aprovação da PEC da Segurança e disse esperar pela sanção do governador.
“Minha indignação fica em assistir aquilo pacificamente, que não dá mais. Não admito ver mais isso, e tem gente que defende esses vagabundos menores. O pior é a omissão do estado e da prefeitura. A eleição é em outubro do ano que vem. Não precisa bater um no outro, mas poderia fazer acordo com o estado para apoiar o Segurança Presente.”
Ao encerrar, Bacellar reforçou que não recuará nas cobranças:
“O meu silêncio está chegando ao limite. Está na hora de parar de briga para lá e para cá. Não jogo para plateia. Quando posso eu posso, eu faço.”
Fonte:Divulgação/ Agenda do Poder
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