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A Matemática Irônica dos Salários: Quando um Instrutor de Judô Deixa Professores no Chão

A Matemática Irônica dos Salários: Quando um Instrutor de Judô Deixa Professores no Chão

Na mais recente novela da administração municipal, descobrimos que a Secretaria de Assistência Social está pagando a bagatela de R$ 5.600,00 líquidos para uma instrutora de judô no projeto Oficineiro. Enquanto isso, na Secretaria de Educação, um professor de carreira, que carrega nas costas a responsabilidade de formar futuros cidadãos, recebe entre R$ 2.410,00 e R$ 3.400,00 líquidos. A discrepância é tão gritante que até os fantasmas da gestão resolveram dar o ar da graça.

Vamos fazer as contas? Um instrutor no projeto Oficineiro ganha R$ 35,00 por hora/aula. Para embolsar os R$ 5.600,00, a instrutora de judô precisaria ministrar 160 horas/aula no mês. Isso significa 7 horas de aula por dia, sem descanso, considerando um mês com 23 dias úteis. E como sabemos, nós, meros mortais, raramente conseguimos “levitar” por tanto tempo. Não é curioso? Ou talvez nem tanto.

Agora, passemos para os outros oficineiros. O que dizer sobre os salários das outras modalidades? Será que a mágica dos contracheques também acontece por lá? Este blog recebeu uma informação, no mínimo, instigante: a instrutora de judô pode não estar efetivamente dando as aulas. Se for verdade, temos mais um caso de “gasparzinhos” rondando as folhas de pagamento. Será que os “fantasmas” do projeto Oficineiro também praticam judô, mas apenas no mundo etéreo dos contracheques?

A diferença de remuneração entre um instrutor de judô e um professor é um tapa na cara de quem acredita na valorização da educação. Professores, além de lecionarem disciplinas fundamentais, enfrentam salas de aula cheias, alunos desafiadores e a falta de recursos. Já a instrutora de judô… Bem, se as informações estiverem corretas, ela não enfrenta nem o tatame.

Resta saber: quem são os verdadeiros responsáveis por esta “arte marcial” administrativa? Este blog promete ir a fundo para descobrir como um tatame pode ser tão rentável, mesmo sem aulas acontecendo. Afinal, não é todo dia que se vê um projeto social ganhar o campeonato de incoerência salarial.

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