As idas de Jair Bittencourt: o Jair que Já Foi, Já É… e Já Era
O agora ex-todo-poderoso da robusta Secretaria de Interior, Pesca e Agricultura Familiar — sim, aquela mesma, dos caminhões, das máquinas e das toneladas de pó de brita prometidas para salvar as estradas rurais do Rio e do Espírito Santo — retornou à Alerj.
Nas redes e nos bastidores, a versão correu ligeira: teria sido uma saída “a pedido”. Mas sejamos francos: até as palmeiras longevas do Palácio Guanabara sabem que a exoneração partiu do próprio governo. Quando a confiança acaba, nenhuma nota oficial consegue disfarçar.
E Jair é um político de muitos “JÁ”.
Já foi Cristino Áureo.
Já foi Garotinho.
Já foi Alfredão.
Já foi Cabral.
Já tentou ser presidente da Alerj, rompendo acordos.
Já foi Bacellar.
Já voltou à secretaria para comandar o interior.
E agora… já foi Cláudio Castro.
O problema é que quem tenta se equilibrar em todas as cercas da política uma hora escorrega da porteira. E desta vez, escorregou.
A chamada secretaria “turbinada” — uma verdadeira máquina de fazer votos — deixou de estar em suas mãos no momento em que o deputado não compareceu à Alerj para cumprir o papel básico de qualquer parlamentar: ter lado. Faltou quando precisava votar a favor ou contra a manutenção da prisão de Rodrigo Bacellar. Em política, ausência também é posição.
Fato é que o deputado que sempre tentou se equilibrar em cima da cerca, desta vez, teve que pular. E, pelo visto, saiu com alguns arranhões.
Este blog recebeu relatos e aguarda fotos de propriedades da região serrana de Bom Jesus que teriam recebido caminhões de material que estavam no parque de exposições da CAVIL. Material que, oficialmente, seria destinado às estradas rurais, mas que, por intermédio de vereadores da base de Jair, teria perdido a rota e entrado em diversas propriedades particulares.
Coincidência?
Talvez.
Mas, como sempre, as imagens costumam esclarecer o que os discursos tentam esconder.
Fonte:DO RJ




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