Blog Expõe o “Bomjê Rotativo” e Prefeitura Sai em Consulta ao TCE — Tentando Corrigir o Que Já Nasceu Errado?

Será que a “dúvida técnica” enviada ao TCE tem a ver com a MATÉRIA QUE ESTE BLOG FEZ NO DIA 05 DE OUTUBRO SOBRE O “Bomjê Rotativo” e a forma de implantação do estacionamento pago?

Coincidência? Difícil acreditar. Logo após a repercussão da matéria que escancarou as irregularidades do projeto do estacionamento rotativo, a Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana resolveu “consultar” o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O processo nº 237040-7/2025, aberto em 6 de outubro, leva a assinatura do próprio prefeito, Paulo Sérgio Travassos do Carmo Cyrillo, e chega ao tribunal com o pomposo título de “Consulta”.

Até aí, tudo bem. Mas, convenhamos: quando o tema é o “Bomjê Rotativo”, o timing fala mais alto que o conteúdo. Seria um pedido genuíno de esclarecimento técnico… ou uma tentativa apressada de dar aparência de legalidade a um projeto que nasceu torto — sem licitação clara, sem estudo de impacto e com o conhecido cheiro de contrato pré-pronto?

Enquanto a Prefeitura transforma o TCE em uma espécie de consultoria gratuita, o contribuinte continua pagando o preço das indecisões — seja nas taxas, na falta de transparência ou nas futuras “zonas azuis” que podem chegar até à porta de casa.

O processo, por enquanto, repousa tranquilo no Núcleo de Distribuição da Secretaria-Geral da Presidência do TCE-RJ. Está lá, esperando um parecer que talvez confirme o óbvio: que legalidade não se improvisa, e que transparência não se terceiriza.

E por falar nisso… aguardamos uma posição da Câmara Municipal.
Afinal, o vereador Samuel Junior, em 30 de junho, mencionou o projeto de lei do estacionamento durante sessão na Câmara. E fica a pergunta que não quer calar:
O jurídico da Casa e os 13 vereadores não tiveram tempo de analisar as inúmeras irregularidades apontadas?

No fim das contas, fica o suspense no ar:

Será mesmo uma consulta técnica… ou mais um daqueles truques administrativos para empurrar goela abaixo um projeto que ninguém pediu, ninguém entendeu — e, claro, todo mundo vai pagar?

Fonte: TCE-RJ