Cargo na Prefeitura, Agenda no PT: A Dupla Jornada de Angélica Hullen — Onde Trabalha a Nova Assessora?
Em Bom Jesus do Itabapoana, a política segue firme no seu esporte favorito: confundir cargo público com militância partidária. Após ser exonerada da Secretaria de Assistência Social, a presidente do PT no município, Angélica Hullen, não ficou muito tempo no banco de reservas. Muito pelo contrário: foi rapidamente nomeada como Assessora de Relações Comunitárias do Gabinete do Prefeito, com a bagatela de R$ 6.882,20 por mês. Até aqui, um custo de R$ 61.939,00 aos cofres públicos só neste ano.
Função bonita, nome chique… mas onde exatamente ela trabalha?
Porque se depender dos moradores, líderes comunitários ou qualquer pessoa que já tenha tentado achar o gabinete da nova “chefe”, a missão é quase um episódio de Caçadores de Relíquias Perdidas.
Afinal, ninguém nunca viu uma reunião, uma agenda, um atendimento, uma ação comunitária, uma foto sequer na sala de trabalho. Ao contrário: o que se vê é Angélica exercendo com empenho o verdadeiro ofício que parece tê-la garantido a nomeação — militância em estradas, congressos do PT, encontros com aliados em Maricá e afins. Tudo isso enquanto ocupa um cargo que deveria aproximar o prefeito da população… mas que, ao que parece, aproximou mesmo foi o governo municipal do partido.
E aí ficamos com a pergunta que não quer calar:
O prefeito Paulo Sérgio pretende explicar a manobra de nomear alguém para “relações comunitárias” que… não se relaciona com comunidade nenhuma?
Porque sejamos sinceros:
Estão confundindo “Assessor de Relações Comunitárias” com “líder partidária para pré-campanha”. E com louvor.
Os últimos registros da presidente do PT?
— Festas do PT.
— Congressos do PT.
— Viagens a cidades que não têm absolutamente nenhuma conexão com Bom Jesus.
Mas trabalhar na prefeitura, no cargo para o qual recebe quase sete mil reais por mês… aí já é demais, né?
Enquanto isso, a população continua esperando atendimento, diálogo, ações e, pelo menos, a confirmação de que o cargo existe fora do Diário Oficial.
No fim das contas, mais um capítulo clássico da política local:
“A turma do sujo falando do mal lavado.”
Fonte: Portal da Transparência / Instagra








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