Prefeito Paulo Sérgio Cyrillo: Perdido no Labirinto dos Amigos e Inimigos

Se a política local fosse um jogo de tabuleiro, o prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, estaria naquelas casas onde se perde três rodadas, volta ao início e ainda entrega o dado ao adversário. Nas últimas semanas, dois episódios provaram que a gestão anda tropeçando no próprio cadarço — ou melhor, no próprio alambrado.

Episódio 1 – O Tiro, a Placa e a Tinta Verde
Tudo começou quando o deputado estadual do prefeito, Thiago Rangel, resolveu mirar contra o Hospital São Vicente de Paula. Como resposta, a prefeitura correu para publicar no Instagram que o parlamentar destinou R$ 870 mil para a saúde.
Saúde? Você pensou em exames? Consultas? Remédios?
Que nada! É para reformas de PSFs.

E quando a prefeitura fala em reforma, a gente já sabe:

• Uma demão de tinta verde (padrão “eleição chegando”);
• Troca de algumas telhas;
• E, é claro, a indispensável placa comemorativa para postar nas redes sociais.

Aliás, esses anúncios de reforma nunca mostram o valor gasto em cada unidade. A transparência, nesse caso, é igual ao vidro blindex do PSF do Loteamento do Isaías — que custou quase R$ 100 mil e nem brilha tanto assim.

A solução mágica para “tirar o foco” das críticas? Pedir mais dinheiro ao deputado… para mais tinta, mais telhas e, claro, mais placas comemorativas.

Episódio 2 – O Constrangimento da ExpoCavil 2025
O segundo ato da novela aconteceu na abertura da ExpoCavil 2025, quando a briga política com o deputado Jair Bittencourt ficou escancarada.
Ontem, Jair Neto — vice-prefeito de Itaperuna e filho do deputado — foi prestigiar o evento, representando o prefeito Nel. Até aí, tudo bem.

O problema é que o prefeito de Bom Jesus resolveu levar as mágoas para o palco… literalmente. Jair Neto simplesmente não foi convidado para compor o grupo de autoridades.
E, para completar, o prefeito nem sequer aderiu ao protocolo padrão: com medo de ter que citar nomes de ex-prefeitos e políticos que hoje brilham mais que ele, preferiu cumprimentar apenas uma pessoa e “estender os cumprimentos a todos”.
Eita vaidade… ou será rancor?

Detalhe: o mestre de cerimônia era o próprio prefeito de Bom Jesus. Resultado? Um constrangimento tão grande que até quem estava na última barraca de churrasquinho percebeu. Para piorar, a saúde de Itaperuna vem dando um show, e talvez esse seja o verdadeiro “perigo” de deixar o vice de lá ganhar destaque no evento daqui.

Conclusão:
Entre placas, telhas, tintas e mágoas, o prefeito segue tropeçando na própria estratégia, mostrando que, no jogo político, não basta “costear o alambrado” — tem que saber para onde está indo. E, pelo visto, o GPS da gestão anda sem sinal.

Imagem: Instagram/Divulgação