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Posto Ipiranga Informa: Sai Serginho e Entra Sávio Almeida. A Bomba É a Mesma, Só Trocou o Frentista.

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Com um ofício enxuto, o prefeito anunciou, discretamente, seu afastamento por “motivos de saúde”. A justificativa? Uma cirurgia no braço. No papel, tudo parece corriqueiro — mas nos bastidores do poder, ninguém engoliu a versão sem franzir a testa ou soltar um risinho irônico.

Além da licença médica, o prefeito também requisitou auxílio-amigos. Isso mesmo: como se, além do repouso pós-operatório, precisasse de amparo emocional para encarar o que estaria prestes a vir à tona. E, segundo fontes próximas, o que se aproxima não é exatamente um boletim médico — mas um dossiê nada confortável.

Circulam informações de que investigações internas e externas envolvendo a Secretaria Municipal de Saúde estão em estágio avançado. Entre os indícios: contratos suspeitos, veículos abastecidos como se fossem a Marte e voltassem no mesmo dia, e um verdadeiro exército de prestadores de serviço contratados por RPA que, coincidentemente, só surgem em ano eleitoral — e aparecem mais em comícios do que em repartições públicas.

Há registros de carros da saúde que deveriam transportar pacientes, mas que rodam como se estivessem em expedições intermunicipais sem controle de itinerário — e com consumo de combustível digno de ficção científica. Já os contratos via RPA, segundo apontamentos preliminares, teriam sido utilizados como atalho institucional para montar uma máquina de apoio político financiada com recursos públicos.

“Vai operar o braço, mas talvez devesse revisar também a mão que assinou tudo isso”, comentou um servidor, em tom ácido. Outro observou: “Ele viu a maré virar e resolveu se recolher antes do vendaval”.

No vácuo do afastamento, o vice-prefeito assume interinamente. Um amigo próximo do governo, em tom de meia confissão, soltou a pérola: “Se fizer o básico e cortar os excessos, o vice pode acabar virando nosso Ozempic político: reduzir o inchaço da máquina pública e tratar, enfim, a obesidade crônica da corrupção.”

A cidade, no entanto, continua atenta. E a pergunta que circula nos cafés, nas redes e nos corredores: será mesmo só uma cirurgia no braço — ou uma manobra para evitar que o corte chegue mais fundo… e comprometa mais do que tendões?

Por enquanto, silêncio. Mas todo mundo já sente o cheiro de algo grande fervendo. E não vem da cozinha da Prefeitura.

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