Secretaria de Educação Licita R$ 1.596.269,51 em Bens Permanentes… Mas as Escolas? Ah, Essas Que Lutem!

Enquanto alunos e professores seguem no famoso “improviso pedagógico”, a Secretaria de Educação realizou no início do ano uma licitação milionária – exatamente R$ 1.596.269,51 – para aquisição de bens permanentes destinados às escolas do município. Bonito no papel, emocionante no Diário Oficial… mas na prática, nem todas as escolas viram a cor desses materiais.

E não estamos falando de coisa pouca. Entre os itens licitados estão caixas de som portáteis, longarinas, computadores, mesas e diversos outros equipamentos que deveriam estar fortalecendo as unidades escolares — deveriam.

Este blog vem recebendo, ao longo do último mês, relatos de diretoras, professoras e funcionários indignados com a situação. O material até chegou — em parte — mas não para os alunos. Segundo diversas fontes, o que deveria estar dentro das salas de aula está sendo usado pela própria administração da Secretaria. Afinal, nada mais educativo do que ensinar pelo exemplo: “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.

Na semana passada, o vereador Acácio apresentou requerimento solicitando computadores para a Escola Professora Cecília Rodrigues. O detalhe que chama atenção? Na própria planilha da licitação, o item consta como adquirido. A pergunta que fica no ar é simples e direta: foi comprado? E se foi, onde está? Foi entregue à escola?

E para completar o show de transparência: a Secretaria não disponibiliza os ofícios enviados pelas gestoras cobrando o material. E nós também não podemos publicar o que recebemos. Motivo? Simples: perseguição virou política oficial neste governo. Quem faz o certo vira alvo. Quem cala, sobrevive.

É triste dizer, mas inevitável: a atual Secretária de Educação — profissional respeitada e de histórico ilibado — está cercada por gente que não entende o significado da palavra gestão pública, mas domina como ninguém o roteiro da politicagem.

E nada resume melhor a gestão atual do que a famosa dança das cadeiras para proteger aliados, a criação de inúmeros subsecretários e cargos que não entregam gestão, só discurso e salário em dia.

Depois do escândalo do combustível na Saúde, o chefe do Setor de Transporte foi “realocado” para a Secretaria de Educação. Para quê? Ora, para continuar sendo chefe — agora em outra pasta. Porque aqui a lógica é clara: problemas não se resolvem, se escondem.

Funciona assim:
“Tira o problema daqui e esconde ali. Lá o estrago parece menor.”

Enquanto isso, as escolas seguem esperando.
Os alunos seguem sem material.
E o R$ 1,5 milhão continua existindo apenas no papel bonito da licitação.

Educação de qualidade?
Só se for para quem vive da política, não da sala de aula.

Fonte: Portal da Transparência