O Ano Começa Agora? A Nova (Velha) Saga da Cesta Básica em Bom Jesus
Parece que o calendário da Secretaria de Assistência Social de Bom Jesus tem um fuso horário diferente do restante do país. Embora estejamos em junho, o ano parece estar apenas começando por lá. E, como já virou tradição, o roteiro inclui um clássico: problemas com a distribuição de cestas básicas.
No dia 14 de maio, após uma chuva de denúncias sobre supostas irregularidades na aquisição de cestas pela prefeitura, a secretaria decidiu cancelar parcialmente o contrato com a famigerada empresa Alphes. Quase como um “corta para comercial e volta”, no dia 29 de maio já havia outro contrato assinado, desta vez com uma nova empresa, com previsão do primeiro pagamento, de R$ 62.419,00. Aí vai mais um lote de 700 cestas básicas para a conta.
No despacho oficial, a secretaria alegou que a Alphes entregou somente 700 cestas. Algo como um “abafa o caso”, mas nós sabemos que os motivos podem ser mais complexos do que isso. Afinal, quem não lembra do verdadeiro caos que foi o início deste ano, com a população aguardando meses para ser assistida?
A média de distribuição em 2024 era de 600 cestas por mês. Um número que deixa no ar o questionamento sobre o vultuoso valor homologado na ata de licitação: R$1.275.131,00 (um milhão, duzentos e setenta e cinco mil, cento e trinta e um reais), no valor de R$89,17 por cesta. Uma matemática estranha, já que 8.400 cestas no ano dariam apenas R$ 749.028,00. Tudo fica estranho nesse enredo, até o despacho da secretaria com Cestas escrito como (Sextas). Deveria estar pensando no sextouuuu.
E por falar em mistérios, fica a dúvida: a nova empresa vai cumprir o contrato à risca, já que os preços continuam muito abaixo do mercado e a empresa fica a quase 100 km de Bom Jesus do Itabapoana ou seremos brindados com outro capítulo da novela “Compra Pilão, Recebe Canaã”?
Fica aqui nosso compromisso: vamos acompanhar com lupa o desenrolar dessa história. Enquanto isso, esperamos que o verdadeiro objetivo da Assistência Social seja finalmente alcançado: atender quem mais precisa.




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