Enquanto o Povo Espera Cestas Básicas, R$ MEIO MILHÃO Viram Colchões
A Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação deu um passo de gigante (ou seria de elefante?) ao homologar duzentos e sessenta mil reais (R$ 260.000,00) em kits dormitório e, pasmem, mais de MEIO MILHÃO DE REAIS (R$ 574.950,00) em colchões de solteiro. Parece planejamento, não é? Mas planejamento para quem?
As ruas da cidade continuam ocupadas por pessoas em situação de rua, uma realidade gritante que parece invisível aos olhos da gestão. Pergunta rápida: alguém já recebeu algum desses materiais? Temos inúmeras famílias em vulnerabilidade inscritas nos CRAS esperando uma solução real. Talvez seja hora de transformar essa dinheirama em ações concretas, como a criação de um centro de acolhimento para essas pessoas. Afinal, mais do que colchoes, elas precisam de dignidade.
Se a intenção é preparar-se para enchentes, é importante reconhecer que essa é uma medida boa e válida. Afinal, muitas pessoas perdem tudo nessas situações, o que é profundamente triste. Contudo, precisamos também olhar para o hoje. Cabe lembrar das generosas doações que o Governo do Estado e a Marinha frequentemente enviam, com carretas lotadas de materiais como esses. Então, por que não redirecionar os recursos para problemas mais urgentes, como a fome? Muitas famílias estão há mais de três meses sem receber cestas básicas. E é aqui que vem a pergunta de um milhão (ou melhor, de MEIO MILHÃO): algum vereador já teve a iniciativa de solicitar uma cópia do processo licitatório das cestas básicas?
E quanto à firma que venceu a licitação das cestas, se abandonar o barco, vai pagar caro ou a Administração Pública fará vista grossa? Fica o alerta: a fome não espera licitação.
E o povo? Esse segue aguardando.
Fonte: Portal da Transparência





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