Uma Ponte, Duas Bom Jesus e o Mesmo Problema: A Saúde Pública Ignorada
Determinação judicial descumprida em Bom Jesus do Norte escancara o descaso com o básico: a vida das pessoas.
Enquanto os prefeitos investem em festas, obras e marketing, a população das duas Bom Jesus — separadas apenas por uma ponte — enfrenta o mesmo calvário: a negligência com a saúde pública.
Desta vez, o drama vem de Bom Jesus do Norte, cidade capixaba administrada por Toninho Gualhano. Uma decisão judicial proferida no dia 25 de junho de 2025, determinou, com urgência, que a Secretaria Municipal de Saúde cumpra uma série de medidas para garantir o tratamento digno a um paciente com necessidades complexas. O prazo? 15 dias. A realidade? Mais de um mês depois, nada foi feito.
O mandado judicial é claro: o município deveria oferecer desde fisioterapia domiciliar, assistência médica especializada, até o fornecimento de fraldas, medicamentos e transporte até a hemodiálise em Itaperuna-RJ. O texto da juíza Maria Izabel Pereira de Azevedo Altoé ainda deixa explícito que, diante da urgência, não se deve aguardar licitações — o que reforça a gravidade da situação.
Mas o que se vê é um desrespeito completo. A dor da família do paciente é agravada pelo descaso da gestão pública, que ignora a decisão judicial e transforma o direito à saúde em um sofrimento cotidiano. Relatos da família apontam a luta exaustiva para garantir aquilo que já foi determinado pela Justiça.
“É como se estivéssemos implorando por um favor, quando na verdade estamos lutando por um direito garantido”, desabafa um dos familiares, sob condição de anonimato.
O mais grave é que, segundo apurado pelo blog, o Estado do Espírito Santo já notificou o município, autorizando o cumprimento da ordem e assumindo os custos. Mesmo assim, a prefeitura segue inerte.
Enquanto isso, os cofres públicos da cidade seguem sendo utilizados em eventos festivos e obras de vitrine. O blog promete, nos próximos dias, trazer à tona algumas licitações que mostram o descompasso entre os gastos da gestão e a dura realidade da população.
Essa não é apenas uma questão jurídica. É uma questão de humanidade.
Até quando a ponte que liga as duas cidades vai continuar unindo também os mesmos erros, a mesma negligência e o mesmo sofrimento?
O blog seguirá acompanhando o caso de perto. A população merece respeito — e o mínimo que se espera de qualquer gestão pública é cumprir a lei e salvar vidas.
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo/ WhatsApp




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