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Justiça Eleitoral Cassa Prefeito Maneko Artemenko, de Engenheiro Paulo de Frontin

Justiça Eleitoral Cassa Prefeito Maneko Artemenko, de Engenheiro Paulo de Frontin

A política de Engenheiro Paulo de Frontin sofreu um forte abalo nesta semana com a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a cassação dos mandatos do prefeito Maneko Artemenko e de seu vice, Rodrigo Andrade Vaz. A sentença foi proferida pela juíza Denise Salume Amaral do Nascimento, que considerou os políticos culpados por práticas de nomeações irregulares que ferem a legislação.

Nomeações em troca de apoio político

A decisão teve como base uma denúncia apresentada pelo procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, em março deste ano. De acordo com a acusação, Artemenko realizou nomeações de parentes de vereadores e secretários municipais para cargos na prefeitura, como forma de garantir apoio político na Câmara Municipal. Esse é o órgão responsável pela fiscalização financeira e orçamentária do município.

As investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) revelaram que, entre 2021 e 2022, foram nomeados parentes do então presidente da Câmara, Julio Cesar da Silva Sereno, e dos vereadores Sandro Ferreira Pinto, Moisés dos Santos Rocha, Sandra Regina Gil, Jeferson Adriano Gomes Moreira e Jorge Silvano Vilela. Além disso, também foram favorecidos familiares dos secretários municipais Alex Ferreira Pinto, Tania Maria de Martino Fontes Ferreira, Rafaella Couto Ramos e Fernanda de Souza Medeiros.

Consequências legais

A decisão da Justiça Eleitoral torna o prefeito e seu vice inelegíveis por oito anos. A prática das nomeações em troca de apoio político contraria a legislação municipal e configura crime de responsabilidade. As investigações apontaram que essas nomeações tinham um caráter claramente político, em detrimento dos princípios de impessoalidade e moralidade administrativa.

Próximos passos

Apesar da decisão judicial, Artemenko e Rodrigo Andrade Vaz ainda podem recorrer. A oposição política e a população de Engenheiro Paulo de Frontin aguardam com expectativa os desdobramentos do caso, que já entra para a história do município como um marco na luta contra a corrupção e pelo respeito à gestão pública.

Este é mais um exemplo de como a Justiça Eleitoral está cada vez mais vigilante contra práticas que comprometem a integridade das instituições democráticas. O caso também lança luz sobre a importância da fiscalização cidadã e da transparência nos atos de governantes eleitos. A população de Engenheiro Paulo de Frontin segue de olho.

 Foto: Reprodução/Redes sociais

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