Rodrigo Bacellar Mostra que Não Perdoa Traição e Isola Thiago Rangel

Se existe uma lição que o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, quer ensinar à política fluminense, é que traição tem preço. E não é barato. O deputado Thiago Rangel que o diga. Após uma sequência de ataques sistemáticos ao Governo do Estado, Rangel viu seu universo político virar de ponta-cabeça. Bacellar não apenas retirou Rangel das comissões legislativas da Assembleia, mas também iniciou um verdadeiro “desmonte” do núcleo de poder do parlamentar em seu reduto eleitoral.

O Diário Oficial do Estado desta semana é uma leitura obrigatória para quem gosta de observar movimentos políticos dignos de um xadrez bem jogado. Ele veio repleto de exonerações de indicados de Thiago Rangel. Aqui em Itaperuna, por exemplo, a diretora regional administrativa perdeu o cargo. Um claro recado: não se cospe na mão que te alimentou.

E em Bom Jesus do Itabapoana? Aí a novela ganha contornos ainda mais interessantes. O prefeito Paulo Sérgio, que um dia jurou fidelidade a Jair Bittencourt, mas acabou pulando para o barco de Thiago Rangel, agora se vê em uma encruzilhada política. As más línguas dizem que o prefeito, conhecido pela habilidade de “mudar de lado” com uma facilidade impressionante, já está considerando um retorno estratégico aos braços do deputado Jair Bittencourt.

A história de Paulo Sérgio é digna de um drama político. Recentemente, ele também protagonizou um rompimento com o deputado “Turista” Gouveia, apenas para voltar a declarar amor político ao mesmo. Agora, resta saber se o prefeito continuará ao lado de Rangel ou se, em mais um movimento calculado, abandonará o barco que claramente está afundando.

Enquanto isso, Bacellar segue firme, reforçando sua posição como articulador da política estadual. A mensagem é clara: não se desafia o governo sem pagar o preço. E para quem está observando de fora, fica a lição de que, na política, a fidelidade é uma moeda que pode valer muito. Ou nada.